Às seis da tarde
uma solidão escura desce,
cansaço, pressa, velocidade,
criança, ancião, canção e prece...
Ás seis da tarde
o mundo padece uma agonia
assim como o temor da noite,
a nudez no fiel banheiro,
a fria verdadeira face no espelho...
Às seis da tarde
as pessoas se refugiam
em seus esconderijos,
aparelhos de TV,
em seus copos... corpos...
e mais uma vez
conseguem fugir
de si próprios.
ROSEMARY MUNIZ MOREIRA - Poesia ao Final do Século XX
Fonte imagem: meuportoseguro |
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